O Holter é um monitor portátil usado para registrar a atividade elétrica do coração e suas variações durante um período de 24 horas ou mais e é usado para detectar alterações que, em geral, não aparecem nos exames de tempo mais limitado, como eletrocardiograma, por exemplo.
Pode-se dizer que o exame de Holter é um eletrocardiograma gravado continuamente nas 24h. O monitor recebeu este nome em homenagem a Norman J. Holter, que o inventou, em 1949.
Como se realiza esse procedimento?
A pele do corpo deve estar limpa, sem cremes e será livrada de seu engorduramento natural com álcool antes da colocação dos eletrodos. O número de eletrodos usados variam de três a oito, conforme o modelo do aparelho, onde são aderidos ao corpo em posições determinadas pelo médico.
O número e a posição deles pode variar de acordo o tipo de aparelho utilizado. Estes eletrodos são conectados por fios a um receptor, preso ao cinto do paciente ou levado no bolso da sua camisa, o qual registra a atividade elétrica cardíaca durante todo o período em que está conectado.
O paciente deve realizar suas atividades cotidianas normalmente, exceto tomar banho. Geralmente os pacientes são solicitados a registrar suas atividades, bem como os horários em que possam ter ocorrido os sintomas, para que esses eventos sejam analisados junto com os dados do Holter.
Geralmente os eletrodos levam de dez a quinze minutos para serem colocados e cinco minutos para serem retirados.
Quando o aparelho é retirado, os dados captados por ele são analisados para que possam indicar os componentes que merecem um melhor estudo posterior.
Para que serve esse procedimento?
Os registros eletrocardiográficos contínuos fornecidos pelo Holter são muito utilizados para diagnosticar alterações nos batimentos cardíacos ou outras alterações, que muitas vezes não ocorrem durante uma consulta médica. Assim, ele está indicado para pacientes com arritmias cardíacas, palpitações ou perda de consciência.
Utiliza-se também esse procedimento para monitorar o coração depois de um infarto do miocárdio ou de uma cirurgia cardíaca. Os portadores de marca-passo e de desfibriladores têm esses aparelhos ajustados e programados a partir de informações do Holter.
O procedimento não oferece riscos e não tem qualquer contraindicação.
Nossos profissionais: Dr. Octavio Barbosa