Laringoscopia é o exame endoscópico das vias aéreas superiores, as quais abrangem o nariz, a faringe e a laringe, realizado por meio de um aparelho chamado laringoscópio.
Há dois tipos de Laringoscopia:
1. A Laringoscopia Direta, que é realizada por meio de um tubo rígido de fibras ópticas com cerca de 8mm de diâmetro cuja extremidade possui angulação que permite visualizar a laringe sem necessitar a introdução do aparelho através da garganta, bastando posicioná-lo na boca, sobre a língua;
2. A Nasofibro-laringoscopia, que é realizada por meio de um tubo flexível de fibras ópticas com cerca de 3,5mm de diâmetro que é introduzido através das narinas e percorre a faringe até a laringe.
Nos dois exames, o médico pode conectar os aparelhos a sistemas de vídeo, conseguindo visualizar e gravar o interior das vias aéreas.
Qual a diferença da Laringoscopia para a Nasofibroscopia?
Excepcionalmente a investigação endoscópica da via aérea requer a visualização somente do interior nasal, sem necessidade de chegar até a laringe. Neste caso o exame recebe o nome de Nasofibroscopia.
Como se realiza a Laringoscopia?
O exame não exige preparo prévio ou sedação, e permite que o paciente retorne às suas atividades logo após o procedimento.
O paciente realiza o exame sentado, bastando borrifar algum spray anestésico nas suas narinas e/ou na garganta para que o aparelho deslize pela via aérea superior sem maiores desconfortos.
O exame de laringoscopia pode ser feito em pacientes de qualquer idade. Porém a Laringoscopia Direta, feita pela boca, precisa contar com a colaboração do paciente, inviabilizando-a, portanto, em crianças menores ou pouco colaborativas ou mesmo em adultos que não tolerem bem o aparelho na garganta, casos em que se realiza a Nasofibro-laringoscopia flexível.
O exame de laringoscopia não requer ambiente hospitalar, sendo geralmente feito no próprio ambulatório ou clínica, e dura em média de 5 a 10 minutos.
Com o uso do endoscópio é permitido que seja feita uma biópsia dos tecidos, para posterior exame em laboratório, nos casos em que ela for indicada. Quando isso ocorre, idealmente o procedimento deve ser feito no bloco cirúrgico de um hospital, sob sedação.
Quem deve se submeter à Laringoscopia / Nasofibroscopia?
Todo paciente que apresentar queixas, sinais e sintomas que requeiram a visualização das estruturas internas das vias aéreas superiores, como, por exemplo:
1. Obstrução nasal e dificuldade para respirar;
2. Ronco;
3. Alterações do olfato/paladar;
4. Sangramentos nasais;
5. Tosse persistente;
6. Sensação de algo dentro da garganta ou suspeita de corpos estranhos;
7. Entalos ou engasgos;
8. Alterações da voz e rouquidão;
9. Tabagismo e etilismo;
10. Histórico pessoal ou familiar de câncer de cabeça e pescoço.
Quem não deve se submeter à Laringoscopia?
A laringoscopia é um exame que quase não possui contraindicações, cabe ao médico avaliar cada caso ou risco específico.
O que fazer após a Laringoscopia?
Como, via de regra, trata-se de exame simples, sem sedação, o paciente pode ser liberado em seguida, para retomar sua rotina diária.
A depender do local aonde foi borrifado o spray anestésico (nariz ou garganta), o paciente poderá permanecer por cerca de uma hora com sensação no local de “dormente ou vazio”.
Ardência, espirros e demais sintomas de irritação nasal podem ocorrer quando o exame é realizado através das narinas. Pequenos traumatismos são raros, e podem provocar pequenos raios de sangue nas primeiras horas após o exame, que não requerem maiores cuidados e cessam espontaneamente.
Nossos Profissionais: Dr. Mario Lima – Dr. Igor Hazboun